domingo, 25 de janeiro de 2009

COMO SE DEVE OUVIR AS GRAVAÇÕES.

As vozes dos espíritos gravadas por meios eletrônicos, método denominado como Transcomunicação Instrumental, têm, geralmente, qualidade inferior, o que dificulta a compreensão do que ouvimos. Os próprios espíritos dizem, insistentemente, que é muito difícil, para eles, falarem conosco.
O mundo espiritual não é um lugar restrito, como um planeta qualquer perdido no cosmos, mas uma dimensão diferente da nossa, com “matéria” própria e invisível aos nossos olhos, apesar de ocupar os espaços infinitos do Universo, inclusive o mesmo espaço que ocupamos agora. Podemos comparar a coexistência do mundo de matéria bruta, onde vivemos no momento, e o mundo quintessenciado dos espíritos, com a existência mútua de um gás qualquer, dentro de uma garrafa de vidro transparente, e a luz que atravessa este gás. A luz interage com o gás, mas não o desloca nem ocupa espaço no interior da garrafa e se a frequência das ondas luminosas for maior do que a frequência que configura a luz de cor violeta, este feixe luminoso se torna invisível a olho nu, mas perceptível por meio de aparelhos adequados.
Essa diferença dimensional torna indispensável a existência de um meio que possibilite aos espíritos falarem, escreverem ou se mostrarem para nós. As entidades desencarnadas denominam este meio condutor entre os dois planos, de lá para cá, de ectoplasma. O ectoplasma é uma, digamos, substância sutil que permeia todos os seres vivos e pode ser exteriorizada com maior ou menor dificuldade pelos mesmos. Alguns médiuns conseguem eliminar grandes quantidades de ectoplasma e são, por isso, chamados de médiuns de efeitos físicos, já que servem de facilitadores às materializações, aos transportes, ao movimento de objetos e às vozes diretas dos espíritos. Embora não seja habitualmente visível a olho nu, o ectoplasma pode ser fotografado, em filmes comuns, apresentando-se qual uma substância esbranquiçada exonerada pela boca, narinas, ouvidos e poros de médiuns em transe, principalmente, como dissemos, dos médiuns de efeitos físicos, conforme evidencia a fotografia abaixo, onde se vê o ectoplasma sendo eliminado pelas narinas de um médium.

Uma vez que a liberação de quantidades apreciáveis de ectoplasma, necessárias à ponte entre o mundo espiritual e o nosso mundo, envolve perda temporária de vitalidade dos médiuns, não se pode, salvo condições especialíssimas, ou não se deve, por este e por outros motivos, promover, amiúde, reuniões de materialização ou mais efeitos físicos fora de ambientes muito bem preparados para este fim. Entretanto, com o uso de aparelhos eletrônicos, aparentemente está sendo possível aos espíritos falarem conosco com um consumo muitíssimo menor de ectoplasma, por mecanismos que nossa Ciência ainda desconhece. Mesmo assim, em grande parte das gravações e também por motivos que desconhecemos, ora as vozes paranormais estão mais claras e com maior volume, ora não passam de sussurros. O pesquisador em Transcomunicação, pela frequência com que ouve as gravações paranormais, educa seus ouvidos para escutar melhor as vozes pouco audíveis e, apesar disso, algumas palavras se tornam indecifráveis nas frases sussurradas e mal articuladas. Seria como o músico cujo cérebro identifica cada instrumento atuando em uma grande orquestra, porém, não consegue perceber um acorde de certa guitarra situada no meio de violinos vibrantes. Se é assim com os ouvidos treinados, imaginem com aqueles pouco afeitos à música...
Outra interferência à boa qualidade das vozes dos espíritos é o quase sempre indispensável ruído de fundo, seja ele qual for, o qual o Dr. Bezerra de Menezes define com "muito importante" para a TCI (veja na gravação "O Ruído de Fundo, Na TCI, É Muito Importante", logo abaixo deste artigo). As vozes surgem mescladas ao ruído de fundo, o que torna, ora mais, ora menos, difícil distingui-las. Assemelha-se a ouvir uma conversa telefônica ao lado de um motor barulhento. Complicado, não?
Uma terceira dificuldade, embora menos comum, é aquela que um dos espíritos comunicantes no NUBEM definiu como “o conflito do tempo”. Parece que o tempo, no mundo espiritual, passa de maneira diversa à do nosso “lado” e, umas tantas vezes, a locução dos espíritos é tão rápida que só nos é possível entender algo quando desaceleramos bastante esses registros, através de programas específicos de computador.
Vê-se, portanto, que não são poucos os empecilhos no campo da Transcomunicação Instrumental, mas, apesar disto, é gratificante estudá-la porque, entre outros benefícios, lança uma luz sobre a temida e mal-entendida morte, comprovando, cientificamente, que apenas o corpo morre, nossa consciência sobrevive à sepultura e passa a viver em outra dimensão, que está em torno de nós e mais além, nos espaços imensuráveis. Além disso, joga por terra a propalada incomunicabilidade dos espíritos, pois são eles que falam conosco e assim se apresentam através dos aparelhos ou de médiuns. Li no sítio do pesquisador espanhol de transcomunicação, José Ignacio Carmona Sánchez, que determinado espírito lhe disse:
“Sou uma pessoa! Por que nos chama de vozes?”.
Perfeita definição. Essa entidade não diz: “Sou um espectro”, ou: “Sou um fantasma”. Identifica-se como um ser humano, vivendo em outra dimensão.
Tudo o que escrevemos acima tem, por objetivo, preparar os ouvintes neófitos para mais facilmente entenderem o que é falado nas gravações aqui veiculadas. As orientações são as seguintes:
1º Usem, se possível, fones de ouvidos, de preferência esses bi-auriculares, que cobrem toda a orelha, ou caixas de som de melhor qualidade, pois as mais simples têm um som distorcido demais.
2º Leiam a frase antes de escutá-la. Assim, fica muito mais simples perceber o conteúdo de cada gravação.
3º Ouçam as gravações mais de uma vez e com o volume melhor adequado à sensibilidade auditiva de cada um. Quanto mais se escuta, mais fácil se torna compreendê-la.
4º Procurem ouvir o som que está “atrás” do ruído de fundo. É lá que estão as vozes dos espíritos. Como o ruído de fundo é, às vezes, mais exuberante do que as vozes, há uma tendência em se concentrar a atenção nele, perdendo-se o que realmente interessa – come-se a casca e joga-se fora o fruto. Esta é a parte mais difícil da ausculta – habituar o cérebro a separar o joio do trigo. Depois de criado o hábito, tudo fica mais simples.

Entretanto, por favor, lembrem-se sempre:
O pesquisador em Transcomunicação Experimental tem pouca participação na qualidade das gravações, ele pode melhorar apenas algumas variáveis nas mesmas. A maior parte do trabalho é dos espíritos e eles estão até mais interessados do que nós em divulgar suas mensagens, apenas também são tolhidos por dificuldades técnicas que nem sequer imaginamos.
Todos nós gostaríamos de obter vozes paranormais de altíssima qualidade, como aquelas que escutamos nos CDs profissionais. Entretanto, gravamos o que recebemos da espiritualidade, nada mais, nada menos.
Portanto, não se irritem e nem nos achem alucinados quando não conseguirem ouvir alguma voz mesclada ao ruído de fundo. Garantimos que ela está lá e basta um pequeno esforço a mais para percebê-la.

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