segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DR. ADOLFO BEZERRA DE MENEZES, DIRETOR ESPIRITUAL DO NUBEM

É com emoção que abordamos a história dessa figura ímpar que é Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. Faremos, aqui, um breve resumo de sua vida para aqueles que não transitam pela Doutrina Espírita, pois que não cremos haver um só espírita no Brasil que o não conheça. Antes, porém, cumpre explicar por que motivos entregamos a direção espiritual do NUBEM ao Dr. Bezerra. Pouco tempo depois de iniciarmos a gravar as locuções dos espíritos, começou a aparecer, com frequência, uma voz grave e doce, humilde, mas direta, orientando nossos trabalhos por meio de sábios conselhos. Obviamente, nossa curiosidade foi aguçada sobre quem seria o dono daquela voz, dada à antiga admiração que temos por alguns espíritos que bem conhecemos nas lides espíritas. Por essa razão, em diferentes gravações indagamos o nome da tal entidade de voz grave e doce, sem respostas. Em uma das ocasiões perguntamos se um dia teríamos a oportunidade de ouvir o Dr. Bezerra e uma outra entidade, masculina, nos respondeu:

“Essa pergunta é uma pergunta importante hem? Não sei se isso será possível”.

Nos trabalhos posteriores continuamos a questionar, impertinentes, quem era o dono da voz suave, até que um dia, o próprio nos falou:

“Bezerra”.

Foi uma alegria... Entretanto, cautelosos como sugere Allan Kardec, pois que existem espíritos mistificadores, ansiosos para se passarem por grandes figuras, veneradas aqui na Terra, e, assim, melhor manipularem consciências tíbias, apelamos para os espíritos dirigentes do Grupo Espírita Regeneração, no Rio de Janeiro, o qual frequentamos há muitos anos, a fim de confirmarem ou negarem a autenticidade da gravação de Dr. Bezerra de Menezes. Obtivemos a confirmação dessa autenticidade, pela mediunidade do Sr. Geralcino Gomes, através do querido amigo espiritual, Dr. Alcides Neves Ribeiro de Castro, diretor, quando encarnado, do Grupo Espírita Regeneração. Sentimo-nos, pois, mais à vontade para homenagear esse fiel discípulo de Jesus. Criamos, assim, o Núcleo Bezerra de Menezes de Transcomunicação Instrumental, cuja abreviatura encerra nossos objetivos – NUBEM.
Vamos agora à resumidíssima biografia de Bezerra de Menezes, uma espécie de apresentação para aqueles que o desconhecem.
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no interior do Ceará, no dia 29 de agosto de 1831, em uma fazenda de nome Santa Bárbara, lugarejo então denominado Riacho do Sangue (atual Jaguaretama), lá vivendo até quase os vinte anos de idade, quando viajou para o Rio de Janeiro com o intuito de estudar medicina. Na capital do Império, sozinho, passou por sérias dificuldades financeiras, pois seus pais não tinham recursos para sustentá-lo, mas, ainda assim, concluiu o curso médico com brilhantismo. Foi, além de médico muito ativo, com trabalhos científicos publicados, também político, escritor, cronista de um dos maiores jornais da época (O Paiz), presidente da Federação Espírita Brasileira e, acima de tudo, cristão de primeira linha, tendo a caridade como bandeira maior, mesmo antes de se converter à Doutrina Espírita, no ano de 1886. Em seus sessenta e nove anos de vida na Terra, acumulou inumeráveis admiradores, especialmente pela dedicação que mostrava aos menos afortunados, chegando, algumas vezes, já maduro e clinicando como homeopata, a ter dificuldades em adquirir alimentos para a família, pois grande parte da clientela era pobre e nada lhe pagava ou até recebia dele os trocados necessários à alimentação e aos remédios. Contou a Ramiro Gama (“Lindos Casos de Bezerra de Menezes”), em 1962, a sobrinha-neta de Dr. Bezerra, D. Fausta Bezerra Silva, que o conheceu ainda encarnado, que seu tio-avô atendeu uma criança enferma e muito necessitada. Sem ter de onde mais tirar recursos para ajudar o infante, deu à mãe do menino um envelope com todo o pouco dinheiro recebido, na véspera, dos clientes que podiam lhe pagar algo, e que estava reservado para suas urgentes despesas pessoais. A um homem em situação aflitiva, encontrado na porta da Federação Espírita Brasileira, deu seu anel de grau, e a outro, cujo filho acabara de falecer, sua carteira de dinheiro, sem sequer abri-la para saber quanto tinha (não muito, certamente), ficando sem um centavo com que pagar o bonde que o levaria para casa, a necessitar de pequeno empréstimo de um conhecido para poder se deslocar do centro da cidade até sua residência.
Vemos, assim, com esses poucos exemplos, entre tantos já relatados por seus biógrafos, a envergadura espiritual deste ser que veio ao mundo para servir e, hoje, mais de um século depois de sua libertação da matéria, continua servindo em todos os recantos onde um necessitado ore por socorro. Entre eles nos incluímos, humildemente.

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