domingo, 25 de janeiro de 2009

O CÉREBRO NÃO É A SEDE DO PENSAMENTO

O ser vivo é maravilhosa organização, cuja unidade, a célula, assume comportamentos tão diferentes quanto, por exemplo, o da hemácia, especializada nas trocas gasosas entre o meio ambiente e o indivíduo, e o da célula muscular, capaz de se contrair e gerar movimento. Nessa miríade viva e, por isto mesmo, organizada, destaca-se a mais especializada de todas as unidades - o neurônio ou célula nervosa, mestre de todo o corpo, gerenciando número enorme de funções orgânicas. Assim, o cérebro, com seus 86 bilhões de neurônios no ser humano, rege, qual maestro de imensa orquestra, atividades múltiplas como a secreção de alguns hormônios, os movimentos respiratórios e dos membros, o equilíbrio, os cinco sentidos, a palavra, a vigília e o sono etc. Até mesmo nossa consciência, enquanto encarnados, está unida à função cerebral, pois tanto algumas substâncias, como os anestésicos, quanto certas lesões encefálicas, são capazes de inibir, abolir ou transtornar aquilo que chamamos de vida consciente. Todavia, esta dependência entre consciência e atividade do sistema nervoso central tem sido causa, em nossa opinião, de erros de julgamento da Ciência acadêmica. Explicando melhor: os cientistas, apesar de todo o respeito que merecem pelo grande esforço que fazem para desvendar os mistérios da vida e do universo, estão sendo vítimas, com relação ao sistema nervoso, de uma ilusão, tomando o efeito pela causa. Raciocinam, até com certa lógica, que o cérebro é sede do pensamento, pois, quando este órgão sofre avarias, o indivíduo pode perder a lucidez. Porém, se estes pesquisadores percebessem que a consciência permanece ativa após a morte do corpo, prova incontestável de que o cérebro não é sua sede, mas é, sim, como indica o pensamento lógico, um órgão transmissor da consciência para a nossa atual dimensão, fato sobejamente demonstrado pela Transcomunicação Instrumental e outros meios mediúnicos, o que pensariam? Veriam que o que se passa nas avarias cerebrais é a perda desse meio de comunicação entre o espírito e o corpo, qual se dá quando desligamos um televisor e a imagem que a emissora transmite desaparece naquele aparelho, mas não deixa de existir, está somente invisível aos nossos olhos. Se esquecessem um pouco suas cátedras e, humildemente, pondo de lado os preconceitos, comparecessem a uma reunião de materializações de espíritos ou a uma gravação de vozes paranormais, apenas para citar alguns exemplos, observando pessoas ditas mortas falarem com seus pais e/ou seres humanos surgirem do nada, visíveis e tangíveis por todos, tal qual eram quando encarnados, o que diriam? Penso que não teriam outra alternativa honesta além de entenderem que o cérebro não é a sede do pensamento, o espírito sim. Por consequência, a vida é eterna e o materialismo perde seu principal sustentáculo. Bastante simples, não? Mas ai de quem ouse tanto dentro das universidades ou de profissões tidas como científicas, ai de quem proclame aos ventos que a vida consciente, em sua essência, é indestrutível, pobre daquele que, como fez William Crookes, nobre cientista descobridor do tubo de raios catódicos, ateste a veracidade das materializações dos espíritos. Será execrado, esquecido pelos colegas conservadores, rotulado de louco, não importa a relevância que tenham seus estudos anteriores. Por isso, poucos estarão dispostos a perderem a consideração social e profissional de que gozam, mesmo que para destruírem um mito, se não estão amparados por uma robusta fé em Deus e na Verdade, como fez Paulo de Tarso, ex-Saulo, o perseguidor de cristãos, doutor-da-lei, cidadão romano, responsável pela lapidação e consequente morte do cristão Estevão, que teria sido seu cunhado. A visão de Jesus que Saulo teve na estrada de Damasco, não apenas cegou-o por uns dias, mas deitou por terra, física e espiritualmente, o orgulhoso rabino. Das cinzas de Saulo nasceu Paulo, o apóstolo dos gentios, pregador destemido do Evangelho do Cristo, a enfrentar lapidação, chibatadas, bastonadas, fome, sede, frio, febres, escárnio, falsas acusações, prisão e morte, tudo em nome da Verdade Maior. Como disse Jesus: um pouco de fermento leveda a massa toda. Uns poucos Paulos de Tarso, hoje, transformariam o mundo. Já que não os temos, na Terra, façamos nossa ínfima parte, assinalando a Verdade e comprovando-a com fatos e destemor.

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