segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O QUE É TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL

Transcomunicação Instrumental (TCI) ou, também, Fenômeno das Vozes Eletrônicas (em inglês, EVP), significa a comunicação, por meio de aparelhos eletrônicos, entre nós, encarnados, e os espíritos já livres do corpo de carne (vulgo mortos). Sua origem moderna está situada no início do século XX, quando alguns cientistas, como Thomas Alva Edison (1847-1931) e Atila Von Szalay, entre outros, começaram suas experiências em TCI com os aparelhos pouco sofisticados da época. Szalay conseguiu algum sucesso e associou-se a Raymond Bayles, em 1956, obtendo novos resultados satisfatórios. Entretanto, foi em 1959 que Friedrich Jüergenson, nascido na Rússia e naturalizado sueco, começou a obter gravações de vozes dos espíritos com regularidade e melhor qualidade, o que culminou com a publicação de um livro sobre o assunto, em 1964, tornando a transcomunicação mundialmente conhecida desde então. Os resultados de Jüergenson estimularam o psicólogo Konstantin Raudive a iniciar suas pesquisas sobre o tema, em 1965, transformando-se em um dos maiores estudiosos do assunto em todo o planeta, colecionando milhares de gravações de vozes paranormais em seus curtos nove anos de vida, na Terra, após aquela data. A partir de então, muitos outros pesquisadores, em diferentes países, contribuíram para o progresso da TCI, entre os quais podemos citar, nas décadas de 60 e 70, o Padre suíço Leo Schmid, o britânico Peter Bander, o austríaco Franz Seidl e, principalmente, o engenheiro norte-americano George William Meek. Meek conseguiu diálogos em tempo real com o espírito do cientista William J. O’Neil, falecido quatorze anos antes, que orientou o aperfeiçoamento de um sistema eletrônico próprio para as transcomunicações, denominado Spiricom. Na década de 80 surgem investigadores importantes como o alemão Hans Otto König e o casal luxemburguês Jules e Maggie Harsch Fischbach, além da paulista Sônia Rinaldi, destacado nome das investigações em TCI até o momento, com seu Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental (IPATI).
Não é nossa intenção a análise histórica detalhada da TCI, já (muito bem) realizada pelo pesquisador Hernani Guimarães Andrade (1913-2003), fundador do Instituto Brasileiro de Psicobiofísica, em seu importante livro “Transcomunicação Através dos Tempos”, infelizmente já esgotado, e Clóvis Nunes, autor do livro “Transcomunicação”, editado pela primeira vez em 1990 (Edicel), entre outros. Queremos apenas destacar que o primeiro livro publicado sobre o tema foi, em 1925, “Vozes do Além Pelo Telefone”, do brasileiro Oscar D’Argonnel, obra interessantíssima e não somente por ser pioneira, mas, também, pela extraordinária nitidez das vozes espirituais que dialogavam com aquele autor e outras pessoas próximas a ele, usando o telefone, como diz o título da obra.
Nos dias atuais, os registros das vozes dos “falecidos” podem ser armazenados em gravadores de fita ou digitais (computadores etc.), por meios variáveis como microfones, telefones (tanto fixos quanto celulares), e outros aparelhos mais sofisticados, construídos por pesquisadores em vários locais do planeta. Existe, ainda, a gravação de imagens do “além”, utilizando câmera de vídeo focalizada em alguma superfície refletora ou na tela de qualquer televisor comum, fora de sintonia, isto é, onde apenas se veja o conhecido “chuvisco” nessa tela, pouco a pouco transformado nas imagens paranormais.
Portanto, inteligências falam e se mostram para nós, encarnados, a despeito da descrença ou aversão de algumas pessoas ao tema, uns por preconceito religioso ou científico, outros por puro temor. Não importa que idéia se tenha dessas vozes, elas existem e respondem nossas perguntas com coerência. Divergências de opiniões são normais, mas negar manifestações como a TCI é voltar à Idade Média, quando a evidência dos fatos era emudecida pela crença cega, sustentada a partir dos porões de torturas.
A própria Igreja Católica Apostólica Romana, na figura do papa Pio XII, rendeu-se à evidência de algumas vozes gravadas, acidentalmente, junto com cantos gregorianos, por dois de seus sacerdotes, Agostino Gemelli e Ernetti Pellegrino. Nessas gravações, o falecido pai de Agostino Gemelli falou com ele da mesma forma que fazia anos antes e com a mesma voz que tinha quando vivo aqui na Terra. Pio XII, sabiamente, validou o fenômeno, classificando-o como um evento científico, tranquilizando os assustados padres e incentivando-os a continuarem na pesquisa dessas vozes paranormais. A Igreja Romana não apenas aceitou a Transcomunicação Instrumental, mas, também, condecorou o pesquisador de TCI Friedrich Jüergenson, em 1969, pelas mãos do Papa Paulo VI (veja, também, o artigo “Opiniões de Autoridades”).
Os dois provérbios Zen que transcrevemos a seguir resumem, muito bem, a relação entre o Homem, na Terra, e os fenômenos naturais ainda não entendidos por ele, denominados como paranormais:

“Bate no céu e ouve o som”.
“Se você entender, tudo será exatamente como é.
Se você não entender, tudo será exatamente como é”.

A rejeição que alguém possa ter por este ou aquele fenômeno natural não tem a menor importância: ele continua a existir, imutável, refletindo a pequenez de nosso entendimento da vida e da Natureza. Algumas pessoas percebem que determinados fatos desmentem as crenças vigentes e, de posse disto, ousam ir contra a opinião geral de suas épocas. Por isso, são tidas como excêntricas ou mesmo loucas. Que importa?! Só devemos contas à própria consciência e ela estará tranquila sempre que trilharmos o caminho da verdade que, algumas vezes, não é aquele que a maioria acredita ser. Não foram, alguns profetas, perseguidos dentro de suas próprias nações?

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